Em primeiro lugar os investidores, sejam anjos (pessoa física) ou fundos de investimento (pessoa jurídica), aportam outras competências além dos recursos financeiros. Por isso a expressão “capital inteligente”, usada por vários agentes de mercado, é outro termo para venture capital.

 

Considerando que grande parte dos empreendedores não tem experiência em gestão empresarial, a participação dos capitalistas na gestão da empresa pode trazer grandes benefícios para a estruturação e para o crescimento do negócio – seja agregando valor na estruturação financeira e na profissionalização de sua gestão, seja ampliando oportunidades comerciais e estratégicas por meio das redes de contatos. Por esses motivos, os investidores participam ativamente da alavancagem da empresa no mercado, por meio do acompanhamento de tendências tecnológicas ou de modelos de negócios.

 

Além disso, o venture capital também representa um selo para o mercado, uma vez que passando por todo o ciclo de análise de investimento e estruturação de suas estratégias e plano de negócios, a empresa passará a fazer parte de um conjunto de organizações percebida por seus pares, concorrentes e outros agentes do mercado de capitais com melhores chances de crescimento.

 

A indústria de fundos voltados para pequenas e médias empresas e companhias de capital fechado, regulamentada pelas instruções 209 (Fundos Mútuos de Investimentos em Empresas Emergentes – Venture Capital) e Instrução 391 (Fundos de Investimentos em Participações – Private Equity), abrange, hoje, pouco mais de 600 empresas investidas.

 

Para que se possa fazer uma comparação, essa mesma indústria de fundos (venture capital e private equity) nos Estados Unidos investiu em cerca de 30 mil empresas nas décadas de 1980 e 1990, das quais cerca de 3 mil abriram o capital.

 

Se compararmos o número de empresas brasileiras listadas em bolsa de valores com o de outros países emergentes, verificamos que o acesso de empresas ao nosso mercado é infinitamente inferior ao verificado em outros países:
• Índia – 5.122 empresas
• Coréia do Sul – 1.817México – 471 empresas
• Brasil – 372 empresas

 

Fonte:
Instituto IBMEC (2013)