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Queremos saber como será o futuro dos adolescentes, de nossos filhos e netos, não é mesmo? A julgar pelo resultado da mais recente pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), realizada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) com estudantes de 15 anos de idade de 69 países, o futuro desses jovens será bem complicado. Pelo menos em tudo o que se relaciona a dinheiro.

Por ora, a grande maioria dos adolescentes não está pronta para cuidar de seu próprio dinheiro. Acredite: somente 12% dos jovens que participaram dos testes atingiram o nível mais alto de alfabetização financeira, e 22% pontuaram abaixo de nível básico de proficiência. De acordo com o relatório da OCDE, os estudantes com o menor grau de alfabetização financeira “não conseguem sequer reconhecer o valor de um simples orçamento ou entender a relação entre o uso de um veículo e os custos incorridos na sua manutenção”, afirmou Angel Gurria, secretário-geral daquela organização, em entrevista ao portal da Bloomberg.

Comparações internacionais dentro da amostragem são bastante difíceis porque em alguns países apenas um segmento relativamente instruído da população participou dos testes. De qualquer forma, China, Bélgica e Canadá (nessa ordem) ocupam as três primeiras posições do ranking – enquanto os adolescentes dos Estados Unidos ficaram em 7º lugar. Outro dado relevante: 56% dos estudantes integrantes do Pisa possuem uma conta bancária, mas dois em cada três não têm capacidade de administrá-la e/ou não conseguem interpretar um simples extrato bancário.

E o Brasil… Ah, o Brasil: desde 2006 está abaixo da média global em todas as matérias pesquisadas pela OCDE: Ciências, Matemática e Leitura; em relação à Matemática o relatório observa pequena melhora nos últimos anos. Atrás dos adolescentes brasileiros estão os de Peru, Líbano, Tunísia, Macedônia, Kosovo, Argélia e República Dominicana. Em compensação, segundo dados de outra pesquisa daquela entidade, os estudantes “brazucas” são os vice-campeões mundiais (Chile lidera a lista) em termos de tempo dedicado à internet. Aí, sim, seria o caso de cruzar os dados de uma e de outra pesquisa – e descobrir o que tanto eles fazem on-line.

Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.