É o esforço corporativo e empreendedor que leva à criação de novos negócios, internos ou externos, pela organização. Ou seja, são empresas que realizam investimentos em negócios jovens, geralmente nas áreas tecnológicas, que encaixam em suas estratégias e que acabarão, mais tarde, por pertencer aos respectivos conglomerados.
Esses novos negócios podem surgir de inovações ou gerá-las na exploração de novos mercados, de novos produtos ou de ambos, ou que podem gerar novas unidades distintas das já existentes. Essa prática é uma importante forma alternativa de investimento a atividades empreendedoras em países desenvolvidos.

 

Em países em desenvolvimento, como a China, o corporate venturing é um investimento recente para o estímulo ao grau de inovação, proatividade, risco, autonomia e agressividade competitiva. No Brasil, um número reduzido de empresas utiliza o corporate venturing, que representa uma modalidade de investimento muitas vezes desconsiderada pelo empresariado brasileiro.

 

Um projeto é considerado como corporate venturing quando inclui uma atividade nova ao portfolio da organização e apresenta riscos e incertezas mais elevados do que sua atividade principal.

 

Em relação à gestão desse novo negócio, essa deve ser realizada separadamente do negócio central e ter como objetivo o aumento de vendas, lucros, valor, produtividade e qualidade, ou se configurar como um caminho para atingir estratégias da empresa-mãe.

 

Fonte:
Estratégias e práticas de corporate venturing no contexto brasileiro (Relatório de Pesquisa – Fundação Dom Cabral, Nova Lima, 2011, RP 1201)
Instituto Inovação

 

Dentre os diversos exemplos de corporate venturing existentes no Brasil está um fundo de investimento em participações (FIP) nos setores aeronáutico, aeroespacial, de defesa e segurança para o qual o BNDES lançou chamada pública em conjunto com a Finep, a Agência de Fomento do Estado de São Paulo (Desenvolve SP) e a Embraer.

 

O objetivo do fundo é fortalecer a cadeia produtiva desses setores e seu ecossistema de inovação por meio de apoio a pequenas e médias empresas dos segmentos que não têm alternativas de financiamento para investir no desenvolvimento de novas tecnologias.

 

O FIP foi estruturado com elementos de corporate venturing, no qual a presença de uma empresa líder (no caso, a Embraer), permite estruturar e fortalecer a cadeia produtiva relacionada às suas atividades.