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O bloqueio – de novo! – por algumas horas no Brasil do WhatsApp, na última terça-feira, atrapalhou a sua vida? Imagine para as agências de marketing que sobrevivem do envio de mais de 10 mil mensagens por dia para empresas como Sky, Boticário, Magazine Luiza, Toyota… Sim, definitivamente, WhatsApp não é mais só bate-papo com família, amigos e grupos fechados: com mais de 100 milhões de usuários no País (no mundo, são quase 1 bilhão), o aplicativo é hoje empregado como importante canal de vendas e de relacionamento com clientes.

Embora com perfil tradicional de vendas, além de 40 anos de experiência no setor imobiliário de São Paulo, a Eztec tem atuado – e crescido – no mercado brasileiro da construção civil com o valioso apoio do WhatsApp. Mas o seu uso é criterioso, cirúrgico. Há mais de um ano, a incorporadora dispara anúncios de seus lançamentos em determinado bairro apenas para os moradores que já moram naquela região. “Só usamos a base de pessoas ‘opt in’ [que aceitaram receber as mensagens], para não sermos invasivos”, afirmou ao Estadão o coordenador de mídia online da Eztec, André Cruz.

Já a marca 2GoBag, que vende bolsas térmicas pela internet, trilhou um caminho diferente. Primeiro, colocou o número do WhatsApp no site e, semanas depois, deu início ao envio de mensagens para os seus clientes no aplicativo. Hoje, 8% das vendas chegam via app – através do qual a empresa faz até promoções exclusivas.

O resultado poderia ser melhor, contudo. Ainda não há ferramentas para monitorar o uso do WhatsApp por empresas, e elas acabam limitadas por diversas barreiras tecnológicas. Disparos em massa de mensagens também são facilmente identificados – e o número de envio, bloqueado. Isso obriga as agências de marketing a trocá-lo constantemente; algumas chegam a trabalhar com as tais 10 mil linhas telefônicas mencionadas no início deste post. Outra dificuldade é integrar o histórico de mensagens a um único sistema. Sem falar, é claro, nas “oscilações de humor” da Justiça brasileira.


Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.