Trata-se de programa instituído pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A Embrapii, constituída como uma Organização Social, tem o objetivo de estabelecer uma rede de cooperação entre empresas nacionais, instituições científicas e tecnológicas (ICTs), e instituições de direito privado, para a geração compartilhada de produtos e processos inovadores. Isto é, as empresas podem explorar – de forma subsidiada – a competência dos institutos tecnológicos que formam a EMBRAPII para o desenvolvimento conjunto de seus produtos e processos inovadores.

 

Empresas interessadas em empreender atividades de P,D&I, em parceria com os institutos vinculados, podem procurar os 3 institutos credenciados até o momento, cada um com áreas pré definidas para a realização de projetos:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo – que atende demandas de biotecnologia e nanotecnologia
Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro – que atende demandas nas áreas de petróleoo e saúde
• Senai Cimatec (Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia), da Bahia – que atende demandas em automação e manufatura

 

A Embrapii, a partir da demanda das empresas faz com que os institutos tornem-se seus parceiros no desenvolvimento da pesquisa que vai resultar em inovação. Os recursos necessários para o desenvolvimento são dividos da seguinte maneira:

 

1/3 do total necessário é subsidiado pelo programa (recursos Finep não reembolsáveis)
1/3 do total necessário é considerado contrapartida econômica (não financeira) do instituto
1/3 do total necessário é investido financeiramente pela empresa

 

A Embrapii cumpre a fase intermediária do processo de inovação, uma vez que os institutos atuam com as empresas em projetos que estão entre a pesquisa de bancada e a produção e lançamento no mercado, como nas fases de protótipo, escalonamento e prova de conceito, por exemplo. Dessa forma, os institutos credenciados fazem o elo entre o conhecimento produzido nas ICTs e as empresas.

 

Os institutos relacionam-se com a empresa via um acordo de colaboração, com metas, cronogramas e garantias de qualidade. Cada projeto é objeto de negociação entre o instituto e a empresa, incluindo valores, propriedade intelectual, direito de comercialização, royalties, confidencialidade, etc.

 

O projeto da EMBRAPII usou como modelo a experiência alemã do Instituto Fraunhofer, fundação composta por 60 centros de pesquisa especializados em áreas diversas, e que terá parceria com instituições no Brasil.