É um processo estruturado, contínuo e facilitador para que uma empresa gere mais inovação e crie mais valor a estas inovações. Uma empresa deve gerir cuidadosamente seu processo de inovação, porque, além do risco tecnológico intrínseco ao processo em si, até a colocação da inovação no mercado, há sempre a necessidade de otimizar os recursos alocados (financeiros, humanos, de produção, etc.), minimizar os riscos intrínsecos ao processo de inovação e maximizar o retorno sobre o investimento que se está fazendo para gerar a inovação e colocá-la no mercado.

 

A inovação é um processo contínuo e acumulativo baseado no conhecimento, e este processo pode ser modelado em estágios, por exemplo, de identificação, projeto, desenvolvimento e lançamento do novo produto ou implantação do novo processo. A busca pela inovação tem riscos, ou seja, o processo não garante sucesso automaticamente. A atividade de inovar é carregada de incertezas, com muitas variáveis, entre elas a tecnologia em si, a natureza da competição, o contexto do mercado onde será lançada (timing), além dos contextos político e social dos mercados e países onde serão comercializados a inovação.

 

O processo de gestão da inovação ajuda a minimizar estes riscos, a manter sob controle os recursos alocados ao processo permitindo maior retorno e resultados sobre o investimento realizado. A gestão da inovação em uma empresa inclui, entre outras atividades:
• a identificação de estágios e pontos de decisão (stages and gates)
• a gestão da propriedade intelectual, que inclui não só medidas para evitar a divulgação (disclosure) de resultados científicos e tecnológicos antes de protegê-los nos institutos de proteção industrial do Brasil ou exterior, mas também as estratégias e custos relacionados ao acompanhamento da proteção junto aos organismos de proteção e o seu aproveitamento interno na empresa em inovação ou a sua comercialização
• a gestão das oportunidades tecnológicas, que inclui a atividades de identificação de rotas tecnológicas e prospecção de novas tecnologias, a diligência tecnológica do que existe no sistema de inovação a qual ela está inserida
• a gestão dos recursos para inovação, que inclui todas as atividades relacionadas à contratação de recursos externos para os projetos de inovação, destacando-se as atividades de prospecção de recursos junto às agências de fomento e bancos de desenvolvimento, atração, elaboração e submissão de projetos de P&D&I junto a estas agências e bancos para atração de recursos, a prestação de contas dos recursos junto às estas instituições
• a gestão da transferência de tecnologia, que inclui as atividades de valoração das tecnologias para serem transferidas para ou trazidas do mercado, a negociação e a contratação de tecnologias de e para o mercado, a execução propriamente dita da transferência de tecnologia para o mercado, processo de absorção de tecnologia do mercado, etc.
• a gestão das empresas nascentes (spin-offs) na própria empresa, que inclui as atividades de programas internos de incubação de empresas nascentes, a atração de investimentos, incluindo capital semente para viabilização da criação da empresa, etc.

 

Vale ressaltar que a gestão da inovação não necessariamente inclui atividades de P&D.