Estamos encerrando o ano de 2014 e nos preparando para enfrentar 2015. Nesta época do ano os cristãos celebram o tempo do Advento na preparação da celebração do nascimento de Jesus Cristo. O Advento é o tempo da esperança. Assim, esperamos que 2015 seja um ano de mudança de rumos na economia nacional. Não será um ano fácil, da mesma forma que não é fácil mudar o rumo de um transatlântico em marcha lenta.
O Instituto IBMEC vem há um ano pregando essa mudança de rumo utilizando-se os instrumentos de Mercado de Capitais. Em 2013 lançamos a Estratégia Nacional de Acesso ao Mercado de Capitais lastreada no tripé “Informação, Educação e Capacitação dos agentes econômicos”.
Iniciamos também a criação de Institutos Regionais de Mercado de Capitais e fizemos uma rearquitetura do nosso site incorporando, inicialmente, o Portal do Empreendedor para apoiar os micros, pequenos e médios empresários nacionais – maiores responsáveis pela geração de emprego e inovação na economia do País. Em breve, teremos o Portal do Empresário para levar ao conhecimento dos grandes empresários de capital fechado as inúmeras vantagens dos instrumentos do Mercado de Capitais.
O novo governo indicou nomes de grande competência e credibilidade para assumir os cargos de ministros da Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento e do Banco Central. Para concluir, reproduzimos o seguir trechos do discurso do presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, em almoço realizado em São Paulo em 2 de dezembro último, na Febrabran e CNF, totalmente convergentes com nossa Estratégia Nacional.
“(…) Mas um sistema financeiro sólido e eficiente, e uma boa regulação e supervisão, são elementos indispensáveis para pavimentar um ambiente de estabilidade econômica.
No entanto, para retomarmos o ciclo virtuoso, precisamos enfrentar os desafios.
Hoje eu gostaria de destacar três desses desafios, que não são novos, mas que em relação aos quais temos ainda uma ampla avenida a percorrer.
O primeiro é a consolidação do processo de inclusão financeira. Nos últimos anos promovemos importantes avanços, aumentando a capilaridade do sistema e agregando mais de 40 milhões de novos usuários. O desafio agora é qualificar esse processo; ampliar e melhorar o leque de produtos e serviços que são ofertados a esses novos usuários; e torná-los ainda mais eficazes,
eficientes e ao menor custo possível. Precisamos desenvolver novos produtos e principalmente fomentar o hábito de poupar. Precisamos também aperfeiçoar a parceria público-privada em prol da educação financeira e, de forma mais abrangente, continuar avançando, com segurança, na introdução de novas tecnologias de acesso e facilitação das transações financeiras.
O segundo desafio é ampliar o financiamento às pequenas e médias empresas. Como todos sabem, esse é um segmento de vital importância para economia de qualquer país, seja pelo potencial de geração de empregos, mas também pelo potencial que pode desempenhar de forma complementar nas importantes cadeias de produção. E o crédito é peça essencial para o desenvolvimento desse segmento, principalmente as linhas de capital de giro. Não há dúvida de que nos últimos anos observamos avanços importantes; mas ainda estamos muito longe do que podemos considerar como ideal.
O terceiro desafio é integrar ainda mais o sistema financeiro ao mercado de capitais em prol da ampliação do financiamento ao investimento produtivo de médio e longo prazos. A retomada do crescimento sustentável no Brasil nos próximos anos depende da recuperação do investimento privado, sendo o acesso a recursos com custo e maturação adequados peça essencial para essa engrenagem funcionar. (…)”
Finalizando, encerro com nossa visão otimista de que o Brasil, apesar das dificuldades de curto prazo, retomará seu crescimento econômico e social com uma política de mais investimentos numa infraestrutura de maiores benefícios ao ser humano e de maior apoio à atividade empresarial.
A todos, um Feliz Natal e próspero Ano Novo.
Thomás Tosta de Sá
Presidente Executivo do Instituto IBMEC