O papel do Mercado de Capitais na economia brasileira

Quanto mais desenvolvida é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais.O Mercado de Capitais é um canal fundamental na captação de recursos que permitem o desenvolvimento das empresas, gerandonovos empregos e contribuindo para o progresso do País, e também se constitui de umaimportante opção de investimento para pessoas e instituições.

No Brasil, o mercado financeiro em seu sentido restrito de mercado de intermediação bancária ou de extensão de crédito experimentou nos últimos anos um significativo crescimento. A relação crédito privado/PIB evoluiu de pouco mais de 30% no início da década passada para cerca de 50% em Junho de 2012. O avanço é significativo mas o número ainda é pequeno quando confrontado com os de outros países desenvolvidos como os Estados unidos, de 60 a 70% do PIB, a Alemanha, cerca de 100% ou o Japão, na faixa de 200%.

A economia brasileira, como um todo, vem sofrendo ainda os efeitos da crise mundial e novos caminhos tem sido buscados para permitir ao Brasil se posicionar entre as economias que irão liderar o crescimento econômico mundial do Século XXI. Temos todas as condições para exercer esse papel mas teremos que reequacionar o binômio poupança-investimento.

Sem o aumento da formação de poupança de longo prazo não teremos como aumentar nossos investimentos de longo prazo. O Brasil precisa de mais poupança previdenciária em regime de acumulação que permita a seus trabalhadores participarem, através dos investimentos, dessa poupança, nos resultados desse novo ciclo de desenvolvimento.

O regime de concessões de serviços de infraestrutura, e o crescimento das empresas nacionais, desde as menores empresas, geradoras de inovação, às maiors empresas com grandes projetos de expansão, são oportunidades que se apresentam para esses investimentos via mercado de capitais.

O mercado de capitais brasileiro é hoje um dos mais bem regulados do mundo com produtos que atendem a todas as demandas de financiamento da economia nacional, além de mobilizar cerca de 75% da poupança financeira nacional. Mas, apesar disso, participa com apenas 11,5% do financiamento dos investimentos privados e de 18,3% do exigível financeiro das empresas.