Escritório do Seed

Via Exame

O SEED (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development), programa de apoio a startups criado pelo governo de Minas Gerais, foi interrompido e passará por uma revisão.

Cada startup selecionada pelo programa recebia capital semente de até 80 mil reais, mentorias, espaço de coworking e formação empreendedora.

Tudo começou no domingo, dia 30 de março, quando as startups tiveram que deixar o escritório colaborativo do programa, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os empreendedores foram avisados por Facebook de que teriam que retirar os seus pertences, sem outros detalhes. Os gestores do programa também foram exonerados.

EXAME.com entrou em contato com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico para saber o motivo dos últimos acontecimentos relacionados ao programa. Segue nota oficial:

“É importante esclarecer que o projeto não foi extinto. Nos últimos dois anos de execução do SEED, 55 startups das 67 graduadas no projeto se formalizaram, contudo, somente 27 têm CNPJ em Minas. Por isso, busca-se uma nova proposta de trabalho, que amplie os resultados do programa – processo realizado em parceria entre as Secretarias de Desenvolvimento Econômico (SEDE) e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES).

Alguns servidores que atuavam no programa foram exonerados, dentro do processo de redução de 20% no total de cargos comissionados empregada em toda a administração estadual. O programa é mantido com profissionais capacitados que continuam trabalhando em ações do SEED.

O processo de ajustes será concluído de forma transparente e por meio de amplo diálogo com todos os envolvidos. A SEDE reafirma que o SEED não corre qualquer risco de ser descontinuado. Durante a transferência para a SEDE, alguns contratos de gestão, segurança, de manutenção e de aluguel do imóvel do programa foram encerrados. Por causa disso, a casa que abriga as atividades do SEED foi fechada nesta segunda-feira (30/03). Trata-se, no entanto, de situação temporária.”

Em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, Altamir Rôso (PMDB), secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, afirma que alguns contratos serão revistos, como o do prédio que funcionava o espaço de coworking. O custo do imóvel, segundo o secretário, seria de 30 mil reais por mês, sendo que a iniciativa poderia ser abrigada em imóveis do próprio estado.

Além disso, ele deseja que o máximo de startups permaneça no estado e gere empregos e desenvolvimento. Das 67 startups graduadas pelo programa, somente 27 se formalizaram como empresas de Minas Gerais.

Hoje à tarde, acontecerá uma reunião entre os empreendedores do SEED, o secretário-adjunto, Rogério Belline, e o subsecretário de Indústria e Comércio, Luiz Alberto, para esclarecer dúvidas.