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Se sim, está virando ponto fora da curva – além de um consumidor velho e exigente. De acordo com a recente pesquisa do The NPD Group, as pessoas têm procurado cada vez mais os serviços de entrega de restaurantes. Em 2016, no mundo inteiro, e isso inclui o Brasil, nada menos que 1,7 bilhão de pedidos foram feitos de forma digital, ou seja, por sites, aplicativos ou mensagens de texto. “Jovens da Geração Y são os usuários mais frequentes e satisfeitos com esse tipo de serviço”, constatou o relatório.

A prática experimenta um franco, rápido e assustador crescimento. Do total de pedidos feitos pelos clientes, os “digitais” passaram de 22%, ou 637 milhões de visitas (que inclui entrega em residências e escritórios e “pick-up” nas lojas e restaurantes), em 2011, para 48%, ou 2 bilhões de visitas, no ano passado. Não bastasse a evidente praticidade do método eletrônico, conspira a favor desses serviços de alimentação os recorrentes cupons e ofertas de descontos.

Se alguém está ganhando com isso… Bem, os restaurantes físicos tradicionais lutam para convencer sua clientela a manter o hábito de comer fora. Mas não tem sido nada fácil fidelizá-la. No primeiro trimestre de 2017, as vendas caíram 1,1%, enquanto o fluxo de clientes foi reduzido em 3,4%, de acordo com o levantamento do Nation’s Restaurant News. Cadeias muito conhecidas como Olive Garden, Logan’s Roadhouse e Joe’s Crab Shack entraram em processo de falência – ou já quebraram.

Cadeias maiores tentam se reinventar. O McDonald’s está testando o serviço de entrega através de UberEats em várias cidades norte-americanas; o Wendy’s vai pelo mesmo caminho. Por sua vez, dois outros gigantes de renderam à modernidade e tecnologia: o T.G.I. Friday se associou ao aplicativo Grubhub e o Outback Steakhouse terceirizou o “takeout” – enquanto desenvolve seu próprio serviço de entrega. Contudo, críticas e questionamentos já estão pipocando: “Entregas significam mais complexidade, pagar motoristas e arcar com custos adicionais de seguro. Além de perder o controle sobre a qualidade do alimento”, conclui a pesquisa.

Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.