Via Exame

A preferência por escritórios compartilhados e a escolha por metodologias enxutas de gestão dos negócios são algumas características desse tipo de empreendedor

Alguns dados apresentados na última pesquisa sobre “Empreendedorismo no Brasil”, realizada em 2013 pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), com o apoio do Sebrae, mostram os novos rumos da atividade empreendedora no país. Cada vez mais se empreende por oportunidade.

Atualmente, a população economicamente ativa no Brasil é estimada em 123 milhões de indivíduos correspondendo às idades de 18 a 64 anos, sendo que a faixa etária com maior taxa de empreendedores (TEA) é a de 25 a 34 anos (21,9%). Cada vez mais os jovens estão empreendendo. No grupo de empreendedoresiniciais, essa mesma faixa etária representa 33,1% do universo estudado.

As mudanças são evidentes e potencializam um novo perfil de empreendedor cada vez mais conectado, preparado, informado, capacitado. Um ponto apresentado na mesma pesquisa e que pode facilitar o entendimento dessa transformação é o fato de que o processo de empreender está em transição entre um modelo orientado da eficiência para a inovação.

Pensar fora da caixa cada vez mais é um diferencial competitivo para os novos negócios. Por coincidência, ou não, (acredito que não!) todas essas características fazem parte do cotidiano e do DNA das pessoas que buscam criar uma startup.

Um novo perfil de empreendedor que podemos chamar de “STARTUPRENEUR”. Além da juventude que naturalmente traz coisas novas para o processo de empreender, esse novo perfil já nasce potencializado pelo pensamento colaborativo e considera o “erro” como aprendizado positivo. São fórmulas simples e que funcionam.

A preferência por escritórios compartilhados, a escolha por metodologias enxutas de gestão dos negócios, o processo de otimização da comunicação e de entendimento do cliente para a validação de sua ideia, tudo isso fortalece a nova forma de ver o mundo dos negócios e, de maneira direta ou indireta, acabam por democratizar o empreendedorismo.

Enfim, tudo isso se dá pelo potencial do mundo digital… Digital? Quem falou em digital? Até esse parágrafo não tínhamos tocado no assunto. Independentemente, digital ou tradicional, fazer a diferença sempre foi, é e sempre será uma questão comportamental acessível a todos, sem restrições.