Via Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Conheça alguns dos termos mais comuns encontrados pelos empreendedores de primeira viagem
Todo mundo já ouviu essas palavras, mas nem sempre entendeu o que significam.
B2B Diz respeito ao modelo de negócio que você está montando. É um acrônimo para Business to Business, ou seja, negócios feitos de empresas para empresas, quando o seu cliente é primordialmente pessoa jurídica. As variantes são B2C (Business to Consumer – Varejo), B2G (Business to Government – instituições públicas como mercado) e C2C (Consumer to Consumer – marketplaces), entre outros.
Capital semente No mundo do investimento de risco, existem várias rodadas de entrada de capital para finalidades diferentes, de acordo com o estágio de vida. Na fase inicial, este capital chama-se capital semente e é usado para tirar a empresa do chão, financiando o desenvolvimento do produto, campanha de marketing, compra de equipamentos, contratação de pessoas, reforma de instalações, testes, patentes, etc.
Design thinking Criada por designers na Califórnia, é uma abordagem de resolução de problemas de forma criativa. Em vez de simplesmente pensar em novas formas para objetos de acordo com sua utilidade, os designers podem usar habilidade para resolver problemas mais complexos, como processos, produtos e, como se tornou popular, desenhar novos modelos de negócios.
Efetual Essa teoria explica que, em empreendedorismo, existem vários possíveis efeitos a partir de uma determinada causa. Em vez de definir um objetivo e construir todo um plano detalhado para chegar lá, como as escolas de negócios ensinam, a teoria sugere o contrário: que os empreendedores não planejem muito e permitam que as circunstâncias emergentes ditem os rumos do negócio, possibilitando várias possibilidades de modelos de negócio diferentes, ou vários efeitos. Agir de forma efetual é deixar o barco ao sabor do vento para ver onde vai parar.
Escalabilidade É uma das principais perguntas que o empreendedor precisa responder a um potencial investidor: como escalar o negócio? Um negócio escalável é um negócio que tem condições reais e comprovadas de crescer muito e rápido. Implantar uma rede de franquias, por exemplo, é um modelo de negócio que permite crescimento em ritmo exponencial.
Gazela É o nome que se dá a empresas que cresceram pelo menos 20% ao ano, em um período mínimo de 4 anos. Em valores absolutos, empresas grandes podem ter um grande volume de faturamento também, mas apenas empresas nascentes são consideradas gazelas, demonstrando alto potencial de investimento.
Modelo de negócio É a lógica do negócio. Como as partes de uma empresa se relacionam para que o negócio faça sentido na geração de receitas. Uma forma de mapear um modelo de negócio que se tornou bastante popular é o Canvas. O canvas não é o modelo de negócio, é apenas um instrumento. O conceito é bem mais complexo.
Negócios sociais São negócios com fins lucrativos, porém com impacto social. Também é conhecido como setor 2,5, pois se situa entre o segundo e o terceiro setor. Muitas empresas do segundo setor estão investindo no impacto social de seus produtos e negócios – ao passo que muitas organizações do terceiro setor estão abandonando a prática insustentável de sobreviver com doações e passando a vender produtos e serviços como um negócio tradicional.
Pivotar Termo muito usado no Vale do Silício. Parte do pressuposto que negócios nascentes, em ambientes de grande incerteza, precisam pivotar o negócio, ou seja, mudar de tempos em tempos o rumo, a estratégia, para encontrar o seu caminho. É a prática efetual em ação. Deve-se pivotar quando se percebe que o mercado não é aquele que se pensava, quando surge uma oportunidade imperdível, diante de barreiras legais intransponíveis ou em qualquer cenário indicador de que o caminho planejado anteriormente não é mais viável.
PMV Produto Mínimo Viável: é um protótipo do produto, algo que não está plenamente desenvolvido ainda, mas cujas funcionalidades básicas já podem ser testadas com um potencial cliente. É a etapa mais importante na transição entre uma tecnologia e um produto. Esses testes ditarão as regras de todo o negócio.
Proposta de valor Muita gente confunde a interpretação dessa expressão. Ao contrário do que muitos pensam, não é o que o seu produto ou serviço oferece, mas o que o cliente recebe e, acima de tudo, percebe, como valor entregue pelo seu produto ou serviço. O ponto de vista deve ser sempre o do cliente, pois é esse apelo que faz o cliente decidir pela compra.
Prova de conceito É o primeiro teste do produto ou serviço no mercado-alvo, em pequena escala. Nesse momento, avalia-se a receptividade do cliente ao produto, que pode ser um PMV. O resultado dessa etapa é fundamental para se chegar a conclusões importantes sobre a adequação do produto na oferta de valor para o mercado-alvo. A partir daqui, pivota-se para fazer ajustes no negócio.
Valuation É o processo de levantamento do valor de uma empresa. Existem várias técnicas de valuation, sendo que a mais comum e fácil de entender é o fluxo de caixa futuro das receitas previstas a uma determinada taxa de desconto. O valuation serve apenas como base para negociações entre investidor e empreendedor. Não reflete o valor real da empresa, pois é impossível definir quanto valem alguns ativos intangíveis do negócio, como carteira de clientes, capital intelectual, marca, parcerias ou localização.