O que é?
De acordo com a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores):

 

“Incubadoras de empresas e parques tecnológicos são entidades promotoras de empreendimentos inovadores. A incubadora de empresas tem por objetivo oferecer suporte a empreendedores para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso. Para isso, oferece infraestrutura e suporte gerencial, orientando os empreendedores quanto à gestão do negócio e sua competitividade, entre outras questões essenciais ao desenvolvimento de uma empresa.”

 

As incubadoras oferecem apoio ao processo de geração e consolidação de empreendimentos. Os empreendimentos, para serem apoiados, devem passar por um processo de seleção formal, que definirá aqueles aptos a ingressar no processo de incubação.

 

Os empreendimentos incubados recebem serviços de consultoria, capacitação e assessoria, além de apoio da rede de parceiros da incubadora, maximizando as chances de sucesso. Ao final do período de incubação, os empreendimentos que alcançam as metas e obtêm sucesso são graduados, e passam a integrar a rede de empresas graduadas da incubadora.

 

Inicialmente, as incubadoras estavam muito focadas em setores intensivos em conhecimento científico-tecnológico, como informática, biotecnologia e automação industrial e, por isso, eram denominadas incubadoras tecnológicas. Atualmente esse conceito expandiu-se, abarcando outros setores, tais como: tecnologia, tradicional, cultural, social, agroindustrial e de serviços, além de mistas (incubadoras que envolvem mais de um setor).

 

Cada incubadora é estrategicamente organizada para atender às necessidades dos empreendimentos e o desenvolvimento da região onde está inserida e, por isso, apresentam especificidades. Porém, algumas características são comuns às incubadoras de empresas em praticamente todo o mundo, como por exemplo:
• Disponibilização de espaço cedido mediante taxa de uso a pequenas empresas emergentes
• Oferecimento de serviços básicos e de serviços de capacitação e apoio (consultorias em gestão, comercialização e desenvolvimento)
• Objetivos de criação de empregos e dinamização da economia, ausência de fins lucrativos, na maioria dos casos

 

Fonte: Anprotec

 

Tipologia
A tipologia das incubadoras é baseada em seus objetivos principais, tais como:
• Dinamização da economia local
• Criação de spin-offs
• Dinamização do setor específico de atividade
• Inclusão socioeconômica
• Geração de emprego e renda

 

Diante desses objetivos, as incubadoras podem ser divididas em 3 grandes grupos:
• Incubadoras de economia solidária: apoiam empreendimentos que envolvem uma quantidade expressiva de pessoas desde o nascimento, mas têm seu crescimento limitado por características geográficas e organizacionais. Por exemplo, as incubadoras de cooperativas
• Incubadoras de empresas de base tecnológica: apoiam empreendimentos com pequeno número de sócios, que produzem bens ou serviços de alto valor agregado e potencial de mercado com tendências de crescimento ao longo do processo de incubação. Por exemplo, as incubadoras de tecnologia da informação e comunicação
• Incubadoras de empresas com foco em produtos e tecnologias tradicionais

 

Como existe uma diversidade de tipologias possíveis que atendem aos objetivos das incubadoras, a Anprotec propõe como taxonomia que agrupa as experiências brasileiras:
• Incubadoras de empresas orientadas para o desenvolvimento local ou setorial: apoiam empreendimentos voltados à atuação em Arranjos Produtivos Locais (APLs) e Cadeias Produtivas, e que, portanto, promovem economia solidária e dinamizam economias locais, minimizando gargalos e agregando inovação ao tecido econômico
• Incubadoras de empresas orientadas para a geração e uso intensivo de tecnologia: apoiam empreendimentos com relacionamento com núcleos de geração de conhecimento em universidades e ICTs

 

Uma tipologia que surge em função do crescimento acelerado de incubadoras no Brasil e da necessidade de ampliar a capacidade de geração de empreendimentos destas, é a proposta pelo Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE).

 

“O CERNE tem como objetivo criar uma plataforma de soluções de forma a ampliar a capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem sucedidos. Com isso, cria-se uma base de referência para que as incubadoras de diferentes áreas e portes possam reduzir o nível de variabilidade na obtenção de sucesso das empresas apoiadas”.

 

Este modelo propõe que as incubadoras possam ser reconhecidas por um modelo de maturidade em gerar, sistematicamente, empreendimentos de sucesso. Para tanto, criou quatro níveis crescentes de maturidade:
• Cerne 1: todos os sistemas desenvolvidos e utilizados pela incubadora estão voltados ao desenvolvimento de empreendimentos
• Cerne 2: além de desenvolver empreendimentos, a incubadora garante um grau de gestão focado em resultados
• Cerne 3: além de desenvolver empreendimentos e ter grau de gestão focado em resultados, a incubadora consolida rede de parceiros e, assim, amplia a probabilidade de sucesso das empresas apoiadas
• Cerne 4: além de desenvolver empreendimentos, ter grau de gestão e ter rede de parceiros estabelecida, tem maturidade suficiente para consolidar o sistema de gestão da inovação

 

Fontes:
Estudo, Análise e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil – Relatório Técnico – versão resumida (Convênio de Cooperação Técnica MCTI & Anprotec, 2012)
http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/Estudo_de_Incubadoras_Resumo_web_22-06_FINAL_pdf_59.pdf

Sumário Executivo CERNE, 2011

 

Região
A seguir estão listadas as incubadoras brasileiras existentes nos estados onde o IBMEC possui atuação direta.
A lista completa de incubadoras de empresas no Brasil está disponível no site da Anprotec.

Bahia
Ceará
Goiás
Minas Gerais
Paraná
Pernambuco
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo