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“Se vai dar certo ou é apenas uma aventura jornalística de ano bissexto, saberemos em breve”, postei no dia 26 de fevereiro a respeito da estreia, três dias depois, no Reino Unido, do jornal impresso The New Day. Foi uma aventura de ano bissexto. Dez semanas se passaram e o primeiro novo diário nacional britânico em 30 anos parou de circular nesta semana – sua última edição chegou às bancas na sexta-feira passada, dia 6 de maio. M-o-r-r-e-u. Vendas em rápido declínio e circulação abaixo das expectativas ajudam a explicar o fracasso. O buraco, contudo, é mais embaixo.
Com ampla experiência em mídia impressa, passagens pelo The Wall Street Journal e Dow Jones e hoje à frente do ProPublica, portal de jornalismo investigativo baseado em Nova York, Richard Tofel pesquisou as tiragens dos 25 maiores jornais impressos dos Estados Unidos em abril de 2013 e comparou-as às de setembro de 2015 (neste caso, o número de exemplares efetivamente vendidos). O resultado é preocupante, embora previsível: queda forte na circulação. Pior, apenas dois jornais impressos em todo o país – The Wall Street Journal e The New York Times – ainda vendem mais de meio milhão de cópias em dias úteis, e somente seis conseguem manter uma tiragem acima de 250 mil cópias. Veja a comparação entre os dez maiores veículos norte-americanos em termos de circulação:
Jornal |
Tiragem Média em MAR/2013 |
Nº de exemplares vendidos em SET/2015 |
The Wall Street Journal |
1.481.000 | 1.064.000 |
The New York Times |
731.000 |
528.000 |
The Washington Post |
431.000 |
330.000 |
Los Angeles Times |
433.000 | 328.000 |
USA Today | 1.424.000 |
299.000 |
Chicago Tribune |
368.000 | 266.000 |
New York Post | 300.000 |
245.000 |
New York Daily News |
360.000 |
228.000 |
Newsday | 266.000 |
217.000 |
Minneapolis Star-Tribune | 228.000 |
184.000 |
A lista completa de jornais está aqui.
A notícia boa vem de um relatório da consultoria McKinsey & Company: “Acreditamos que a grande maioria das pessoas suscetíveis a abandonar as versões impressas de jornais e revistas já o fizeram.(…) E que aqueles que mantiveram suas assinaturas, apesar do acesso à banda larga, continuarão a fazê-lo, pelo menos por ora, estabelecendo um novo piso para esse mercado.” Que assim seja.