Via Endeavor

 

No início da década de 1950, a região de São Francisco ainda não era o polo tecnológico de hoje. Tudo começou com oito empreendedores, e um estudo da Endeavor mostra como foi.

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Imagine o Vale do Silício totalmente diferente do que é hoje: sem startups de tecnologia, sem investidores de Venture Capital, pouquíssimos estrangeiros e quase nenhum pesquisador na Universidade de Stanford. Em 1955 era assim, quando William Shockley, Prêmio Nobel de Física e pesquisador na área de semicondutores (chips), resolveu voltar para o interior da região de São Francisco, onde havia passado a infância, e fundar sua empresa. Para recrutar talentos, aproveitou sua fama internacional e recrutou oito jovens pesquisadores da área para trabalhar com ele, vindos de Nova Iorque e Boston, os principais centros de tecnologia da época.

A empresa de Shockley, no final das contas, acabou falindo pouco depois, e os oito jovens pesquisadores ficaram desempregados. Ao invés de voltarem para casa e trabalharem em grandes empresas, conheceram um investidor de Nova Iorque e fundaram uma nova empresa, no mesmo setor, a Fairchild Semiconductor. Pouco tempo depois, com contatos desse investidor, fizeram as primeiras vendas para a gigante IBM e para o programa militar do Governo dos Estados Unidos. No final do terceiro ano, a Fairchild já faturava mais US$ 20 milhões, se tornando uma das maiores empresas da indústria. Em 1966, nove anos depois da fundação, faturavam US$ 90 milhões e empregavam 4.000 pessoas.

O legado da Fairchild é contado em um estudo (disponível em inglês) lançado recentemente pela Endeavor Global, e mostra a importância de seus oito empreendedores na criação do Vale do Silício. Inspirados pelo crescimento da Fairchild, novos negócios foram surgindo dentro da própria empresa (spin-offs), muitos deles apoiados pelos fundadores da empresa, que davam conselhos e investiam esses novos empreendedores. Hoje, 70% das empresas do Vale do Silício com capital aberto na Bolsa de Valores dos Estados Unidos têm seu passado ligado à Fairchild, faturam mais de US$ 1,8 trilhões e empregam mais de 800 mil pessoas.

Além de toda a história da Fairchild, o estudo mostra como os empreendedores ajudaram a transformar o deserto da região de São Francisco no polo tecnológico mais famoso do mundo, e também traz ideias sobre como esse modelo poderia ser replicado. Quando grandes empreendedores ajudam a fundar outras empresas, aumentam as oportunidades para novas gerações de empreendedores surgirem, assim como novos centros globais, como aconteceu no Vale do Silício.

 

Faça download do estudo completo.