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Para quem não sabe, tudo começou em 2007. Naquele ano, o estudante de design Joe Gebbia e seu colega Brian Chesky decidiram sair de seus empregos e se mudaram para San Francisco. Cidade linda, mas muito cara. O tempo passou, o dinheiro acabou e, para piorar, o aluguel do apartamento aumentou. Com os hotéis da cidade lotados em função de um grande evento, a dupla teve a ideia de oferecer aos visitantes retardatários um colchão de ar para dormirem na sala e um módico café da manhã (daí “Air Bed and Breakfast”, Airbnb). No dia seguinte, construíram um site – o resto é um case de sucesso absoluto.
Depois de conquistarem São Francisco, a Califórnia, os Estados Unidos e o mundo inteiro, agora eles querem conquistar a China! Sim, a China é outro “planeta”. A expansão naquele país pode se revelar uma grande oportunidade para a Airbnb, mas, também, um enorme risco. A Uber e muitas empresas de tecnologia já tentaram isso, mas enfrentaram acirrada concorrência de rivais “nativos”– que são favorecidos por leis locais; neste caso, pela empresa chinesa Tujia.com, avaliada em mais de US$ 1 bilhão. A Airbnb vale US$ 31 bilhões.
A ideia é fazer um rebranding, ou reposicionamento de marca. Na China, além de ter triplicado sua equipe, na semana passada a Airbnb passou a se chamar Aibiying, que significa “bem-vindos uns aos outros com amor”. Contudo, de acordo com o jornal The Guardian, a reação inicial à mudança tem sido bastante negativa: para quem fala mandarim, Aibiying é difícil de pronunciar.
Em outra frente, a empresa deu início à ofensiva de entrar com (mais) força no negócio de casas de férias de alto luxo. Que tal se hospedar em um dos mais de 1.400 castelos disponíveis pelo site, numa casa na Toscana ou numa vivenda do arquipélago caribenho de Turks e Caicos? Depois de comprar a canadense Luxury Retreats, com propriedades de oito quartos naquelas ilhas, os tempos do colchão de ar definitivamente ficaram para trás.