Warning: file_exists(): open_basedir restriction in effect. File(/home/flaviowe/public_html/newibmec/wp-content/uploads/et_temp/Ricardo-Largman_02_cropped-87907_60x60.jpg) is not within the allowed path(s): (/home/codemec/:/tmp:/usr/local/php/7.2/lib/php:./) in /home/codemec/www/instituto/wp-content/themes/Divi/epanel/custom_functions.php on line 1542

A notícia vem de São Paulo e, como tudo em se tratando de Uber, há quem tenha amado, há quem odeie a ideia. Líder no mercado de aplicativos para táxi no País com cerca de 35 mil taxistas cadastrados, a 99 (antes, 99táxi) passará a aceitar motoristas particulares entre seus cooperados a partir do dia 31 de agosto próximo – inicialmente, apenas naquele estado. Detalhe: a empresa vai incentivar os taxistas “tradicionais” a atuarem na modalidade particular.

Pode parecer um pouco conflituosa, até esquizofrênica, mas a ideia é esta mesma: o paulistano poderá pagar uma tarifa mais barata, mas a bordo de um táxi comum. E em se tratando da cidade de São Paulo, a vantagem será dupla, já que os táxis estão liberados pela Prefeitura para circular por corredores e faixas exclusivas de ônibus. Time is money. Para o taxista, a vantagem, de acordo com a 99, é a ampliação significativa do número de “corridas”, que compensará amplamente a redução do lucro por viagem (em função do desconto para o aplicativo, como faz o Uber).

Com isso, a já explosiva rivalidade entre taxistas e motoristas de Uber extrapolou as ruas e chegou ao legislativo. O fato é que a nova prática desrespeita a Lei Federal que exige taxímetro em táxis que circulam em cidades com mais de 50 mil habitantes. A Prefeitura afirmou que não vai comentar o novo modelo porque a 99 não formalizou nem informou a administração “sobre nenhum modelo de negócios diferente do decreto municipal”. E a 99 diz que não vai infringir nenhuma lei.

Inicialmente, a 99 abrirá somente mil vagas para novos motoristas particulares, todos com carros de placa cinza. Quando o modelo híbrido começar a operar, os mil novos motoristas terão prioridade e serão acionados pelos passageiros por meio do botão POP (nome do modelo voltado a carros particulares). Se todos estiverem em viagem, o aplicativo acionará os táxis disponíveis para atender na modalidade POP. Esquizofrênico ou não, tem tudo para dar certo.


Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.