Via Sebrae

 

Em artigo, David Howitt explica que empreendedores de sucesso não usam as palavras “eu deveria”, vão além dos limites para seguir sua vocação e seu coração.

Empreendedores são os heróis dos tempos atuais. Eles fazem do mundo um lugar melhor. Você acha essas afirmações um pouco ousadas? Pois são. Mas são também precisas. O computador que você está usando neste instante? Criado por um empreendedor. Os tênis que você veste antes de correr para ser saudável e dar o melhor de si durante o dia?  Desenhados e feitos por um empreendedor!

Praticamente todas as coisas que você utiliza para maximizar a eficiência e as experiências de seu dia são invenções geniais de empreendedores. Eles são considerados heróis dos tempos atuais porque vivem em função de seus anseios mais profundos: anseios para inventar, para revolucionar, para criar e para construir produtos que nos ajudam a conectar, a mover, a comer, a compartilhar, a dirigir, a trabalhar, a jogar e a resolver grandes problemas.

Eles fazem do mundo um lugar melhor por meio da construção de soluções e de serviços que enriquecem nossas vidas e as fazem mais excitantes, significativas, fáceis e confortáveis. Eles são os criadores das invenções não porque sentem que deveriam ser assim, mas porque eles devem ser assim.

Empreendedores não sabem como desligar seu gene da inovação. Eles não conseguem deixar de descobrir o que ainda não foi descoberto, de construir produtos a partir do mais puro desejo, e de acender suas chamas de engenhosidade. Eles são os solucionadores de problemas, os pensadores, os pioneiros, e é sua disposição para deixar a zona de conforto de uma vida centrada no “deveria” que os fazem heróis.

Em nossas experiências contemporâneas de vida, o “deveria” soa como: “Eu deveria fazer esse trabalho porque foi isso que meu pai fez. Eu deveria estudar naquela escola tradicional porque é isso que meus pais esperam de mim. Se eu não fizer isso, eu os desapontarei. Eu deveria estar ganhando determinada quantia de dinheiro, porque se não o fizer, outras pessoas não vão acreditar que sou bem-sucedido. Eu deveria comprar aquela casa, fazer aquela viagem e dirigir aquele carro, para que assim meus amigos e minha família se impressionem comigo”.

Esse “deveria” consiste em um conjunto de mentiras. Empreendedores sabem disso. Os dias de uma vida centrada no “deveria” acabaram. Eles servem apenas para nos trazer sofrimento (coletivo e individual), assim como diminuir o que é possível para todos nós atingirmos.

Goste ou não, quando começarmos a viver do que carregamos por dentro, e não de nossas aparências, essa será a única maneira de fazer nossa parte para tornar o mundo um lugar melhor.

É preciso seguir a intuição

Os fundadores das maiores companhias de sucesso não estão vivendo em uma terra de “eu deveria”. Eles vão além dos limites para seguir seus corações. Eles ouvem suas intuições e dão atenção a seus chamados pessoais. Como resultado disso, eles criam produtos e serviços a partir de mentalidades genuínas e autênticas. Também precisamos começar a viver dessa forma, se quisermos mais coisas boas no mundo.

Nossas intuições para viver de forma autêntica não são nada diferentes dos empreendedores que oferecem ao mundo sua engenhosidade explosiva. Em voz alta, ou silenciosamente, nossas vocações pessoais para darmos mais, para sermos mais e para vivermos de forma mais significativa estão a nos chamar.

Esses chamados estão nos empurrando para considerar o que nos inspira, para realizarmos as o que nos faz sentir livres. Eles não estão nos empurrando para viver uma busca de provações. Nossas vocações não nos levam a existir para satisfazer as expectativas dos outros em relação a nós. Elas nos chamam para nos guiar por nossas próprias jornadas heroicas, o que quer que seja que isso signifique para cada um de nós.

Assim como esses fundadores dão atenção aos chamados para seguir suas paixões e fazer seus produtos e marcas, nós também podemos e devemos embebedar o trabalho que fazemos de paixão. Eles conseguem juntar intelectualidade e intuição, e nós também. Eles entendem seus consumidores em seu âmbito mais íntimo, além de terem compaixão por suas necessidades.

Nós precisamos passar a entender melhor nossas comunidades, e começar a viver com mais compaixão. Eles estão a serviço da humanidade quando dão ao consumidor algo com o qual ele se identifica, com o qual ele se sente conectado, e ao produzir algo que satisfaz uma necessidade ou desejo. Nós precisamos estar a serviço também, compartilhando nossos talentos e dons, bem como vivendo diariamente por meio de nossos corações.

Assim, como empreendedores, nós somos constantemente convocados. Convocados a inovar, a revolucionar, a seguir nossas vidas com significado e propósito. Está na hora de responder a essas convocações. Está na hora de nos tornarmos heróis dos tempos modernos, fazendo nossa parte para tornar o mundo um lugar melhor. Não porque deveríamos, mas simplesmente pelo fato de que devemos.

Autoria: David Howitt é CEO e co-fundador do Meriwether Group.