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Deu ontem no Financial Times: a Apple pretende comprar a McLaren. A Apple ter um carro e equipe disputando o campeonato de Fórmula 1? Entrar no segmento de automóveis de altíssimo luxo? Não necessariamente. De acordo com as fontes ouvidas pelo jornal britânico, “o interesse da Apple na companhia inglesa se deve à sua tecnologia, perícia em engenharia e carteira de patentes”. Hum, isso faz mais sentido. Afinal, a fabricante do iPhone está interessada em, mais uma vez, revolucionar o mercado – neste caso, a indústria automobilística.

Como se sabe, a Apple desenvolve há mais de dois anos um modelo de veículo elétrico sem motorista.Mas a concorrência é grande. E não está parada. Literalmente. Na semana passada, o repórter Mike Isaac, do The New York Times, testou o primeiro carro autônomo da Uber em Pittsburgh, Pensilvânia. O teste começou mal: o jornalista não conseguiu dar partida no carro. Ao lado, o engenheiro de segurança explicou que Isaac deveria tentar desligar o carro e ligá-lo de novo, como se faz quando um computador trava. E aí funcionou.

O sedã híbrido Ford Fusion modificado – e equipado com mais de 20 câmeras, sete lasers, um sistema de detecção com rotação de 360 graus, além de 1.400 componentes adicionais que registram milhões de dados em tempo real – agradou. “Na maior parte do passeio, em raros momentos me senti inseguro. Muitas vezes voltei o olhar ao motorista [o tal engenheiro de segurança] para verificar se era ele que estava ao volante ou se o carro estava operando sozinho”, escreveu Isaac.

Se ainda não é realidade, o carro autônomo deixou definitivamente o campo da ficção científica. “Meu Uber sem motorista parava bem distante dos carros à frente, nos cruzamentos. Respeitava rigorosamente o limite de velocidade, que era de 40 km/h na área em que fizemos nosso percurso, e mesmo quanto não havia trânsito”, garantiu Isaac em seu artigo. Apple, Uber ou McLaren – é difícil antecipar qual será o seu carro do futuro. Os motoristas nas ruas, contudo, esses serão muito mais civilizados que os de hoje.


Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.