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Já falei neste blog sobre a queda vertiginosa do número de agências bancárias no mundo e também por aqui; dos países que, diante do irrefreável aumento de transações eletrônicas, estão cada vez mais próximos de acabar com a circulação de dinheiro físico, cédulas e moedas; e destaquei ainda o uso crescente de celulares para transferência de dinheiro, via aplicativos, com uma simples autenticação digital. Mas a simplificação das coisas neste mundo cada vez mais tecnológico parece não respeitar limites. Agora não é mais você quem faz as transações bancárias, e sim suas assistentes virtuais, como a Siri, da Apple, a Alexa, da Amazon, ou o Google Assistant, do sistema Android.

A evolução está em curso – e de vento em popa. Nos Estados Unidos e, por enquanto, apenas em alguns poucos países asiáticos, usuários de iPhone já podem realizar suas transferências de dinheiro através do Venmo (lembra, tema deste post?) sem um único clique – usando apenas com a sua voz. Basta “pedir” para a Siri. Como no filme “Ela”. Se a adesão dos norte-americanos tem sido boa? Mais de 18 milhões de usuários dos EUA já fizeram pelo menos uma operação bancária usando assistentes de voz, seja para comprar algo, enviar dinheiro para um amigo ou pagar uma conta.

De acordo com a mais recente pesquisa do portal de notícias Business Insider, a tendência é que aquele número quadruplique nos próximos cinco anos: dos 8% dos adultos norte-americanos que participaram da amostra para 31%, até 2022. De acordo com o BI, três fatores explicam esse provável crescimento: a explosão de dispositivos habilitados para voz, a previsão de lucros cada vez maiores com os projetos que envolvem inteligência artificial e as facilidades/vantagens, muito evidentes, para os usuários desses recursos.

Para não perder o passo do avanço tecnológico, bancos e sistemas como o PayPal estão alocando mais e mais recursos no desenvolvimento de suas interfaces de voz. Prometem que, em breve, o contato com seus clientes evolua para uma interação tão perfeita e natural quanto um encontro presencial com o gerente ou caixa de banco. Quem sabe, para comprar algo e pedindo com jeitinho, a Siri até consiga um desconto.

Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.