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Vamos falar de bolsa de valores? Mas de bolsa de valores de gente grande, como a de Nova York. No ano passado, a New York Stock Exchange (NYSE) contava com mais de 2.400 empresas listadas num mercado de capitais estimado em US$ 20 trilhões. Mexer com esses números não é para qualquer um. Ou qualquer um que não se chame Donald Trump.

Ele conseguiu o que parecia impossível. Contrariando as mais otimistas expectativas de consultores e especialistas financeiros do mundo inteiro, o índice Dow Jones, que mede o desempenho da NYSE, passou a bater recordes e mais recordes nas últimas semanas. É o chamado “bull market”, ou tendência de alta. O otimismo dos investidores também subiu para níveis históricos, acompanhado pelos números positivos de confiança dos negócios e dos consumidores norte-americanos. E assim, no dia 1º de março, pela primeira vez, o Dow Jones ultrapassou os 21 mil pontos.

Embora já tenha recuado ligeiramente nos últimos dias (no dia do fechamento deste post estava em 20.855 pontos), muitos acreditam em novos recordes. Muitos, mas não todos. O namoro improvável do mercado com o novo e polêmico presidente tem, ao que tudo indica, dia e hora para acabar. De acordo com alguns estrategistas, a economia dos Estados Unidos estaria às vésperas de um momento de inflexão, entrando no que chamam de “recessão cíclica”.

Uma das explicações para o repentino – e ainda não confirmado – mau humor do mercado seria a entrega das promessas de campanha de Trump em relação a gastos com infraestrutura, cortes de impostos corporativos e desregulamentação. Ou melhor, o que ele ainda não entregou. Se não começar a desviar o foco de seu governo dos imigrantes para a economia real, o presidente poderá experimentar o “bear market” (tendência de baixa) já no seu primeiro ano de mandato.

Em tempo: a Bovespa hoje conta com cerca de 350 empresas listadas.


Ricardo Largman, jornalista formado pela PUC-RJ em 1982, é crítico de cinema, consultor de Comunicação e assessor de Imprensa do Instituto IBMEC.